terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Saudade.

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
LISPECTOR, Clarice.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

aquelas rosas amarelas.


No meu caminho de volta pra casa, apressada por conta do horário, vi um buquê de rosas amarelas. Jogado. No lixo. As rosas tinham suas pétalas levemente secas, mas continuavam lindas, mesmo amontoadas sobre um saco de lixo.
Imaginei aquelas rosas indo embora. Naqueles homens pegando-as como se fossem um outro lixo qualquer.
Tentei pensar nos motivos que fizeram com que a pessoa jogasse rosas no lixo. Não consegui entender. Por pior que a pessoa que deu as rosas tenha sido, por pior que seus atos tenham sido, ou simplesmente, por pior que tenha sido não ganhar rosas vermelhas com um "eu te amo" e no lugar rosas amarelas com algum bilhete dolorido, não conseguiria jogar aquelas flores fora. No final, a pessoa sem querer ou não, acabou desejando felicidade através das pétalas aveludadas e amarelas daquelas rosas. Talvez a pessoas até esperasse que elas fossem parar no lixo, mas se deu ao trabalho de mesmo assim, entrega-las. A única conclusão em que cheguei, foi a de que uma pessoa que dá flores amarelas, não pode ser tão má assim. Ou então... sou infinitamente ingênua.

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Imagem por Della-Stock.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma aula de psicologia.

Minha última (e na verdade primeira) aula de psicologia não foi muito surpreendente. Será mesmo que nunca ninguém tinha se dado conta de o como somos iguais e diferentes, e ao mesmo tempo únicos?
Há alguns anos já anunciava por aí: "Não sou igual, nem diferente, apenas eu mesma".
E mesmo pensando assim, não consigo definir direito o que o "eu mesma" quer dizer.

sábado, 24 de julho de 2010

aquela gargalhada.

Lembro-me bem de como ria das minhas frases desconexas, dos cantos das paredes e do gato. Lembro-me que ria, uma gargalhada gostosa, sem pausas, de colocar as mãos na barriga e inclinar levemente o corpo para trás. E eu, com o meu típico sorriso de lado, observava e achava graça, tudo aquilo, como gargalhava pelas pequenas coisas. E eu estava feliz, muito feliz, apenas por vê-la sorrindo, gargalhando. Achava graça, e achava linda aquela sua gargalhada. E com o toque do telefone, despertei do meu sonho, e em menos de um segundo, já estava a quilômetros de distância de você, sem gargalhada, sem nada.

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Dedicação para dona da gargalhada: Clarissa Meneghetti, amada.

Post inaugural.

O Título do post já diz tudo.

Espero que esse finalmente seja o meu blog definitivo. Ponto.